sexta-feira

Resenha: Mapas do Acaso

Título: Mapas do Acaso, 45 variações sobre um mesmo tema.
Autor: Humberto Gessinger
Páginas: 144
Editora: Belas-Letras

Neste livro, Humberto Gessinger passa o passado a limpo, resgata momentos especiais da sua intimidade desde menino e conta novas velhas histórias dos Engenheiros do Hawaii, nunca antes publicadas. De Passo Fundo a Moscou, passando por "Esparta Alegre", lembranças de um futuro que ele imaginava dão forma a essas linhas conduzidas pelos mapas do acaso. Para saber qualé a dele e da sua poesia, que é pura grandeza a partir de coisas simples, é só embarcar... e seguir viagem...

"Mapas do Acaso" é o terceiro livro livro do Humberto Gessinger e, assim como o segundo - Pra Ser Sincero -, recebe como título o nome de uma de suas músicas. A canção "Mapas de Acaso" foi lançada em 1993 e você pode ouvi-la no disco "Filmes de Guerra, Canções de Amor". 

Li esse livro no início de 2013, mas lembro das sensações como se fosse ontem. A obra é dividida em duas partes: "Âncora" é uma narrativa expositiva do autor, onde ele nos apresenta seus pontos de vista e opiniões sobre temas como família, música, futebol e literatura. Além disso, ele nos conta um pouco da sua infância, da época de estudante de arquitetura e, é claro, da sua carreira de músico. 

Nessa primeira parte, há uma "nota mental para uma próxima vida" no início de cada texto, em que o Humberto deixa para nós - e para ele mesmo, se querem saber minha opinião hihihi - pequenas notas sobre o que fazer ou não em uma outra encarnação. 

A escrita do Gessinger é tão fluida que a leitura mais parece um bate-papo entre amigos. A cada página virada, senti como se estivesse frente a frente com ele, tomando um chá - ou chimarrão - enquanto ele me contava todas as coisas presentes no livro.

A segunda parte, "Vela", é composta por 45 letras de músicas compostas pelo autor, sendo elas sucessos dos Engenheiros do Hawaii, do Pouca Vogal e algumas letras inéditas - e maravilhosas! Das letras que não foram gravadas como música, "Sweet Tulipa" é a minha favorita.


"Mapas do Acaso" nos faz refletir sobre diversas coisas que nos passam despercebidas pelos olhos: um sentimento, uma letra de música com a qual nos identificamos... Foi realmente uma delícia saber, além das curiosidades, o que o Humberto estava pensando enquanto compunha algumas das músicas presentes no livro - principalmente as minhas favoritas. 

Mesmo que você não seja um grande apreciador do músico, é impossível que nunca tenha ouvido uma música dos Engenheiros do Hawaii ou até mesmo do Pouca Vogal e não tenha gostado. Por isso, acho que vale a leitura para quem é fã ou não, já que o livro não se trata só de relatos sobre o trabalho dele. 

É claro que eu não poderia deixar de parabenizar a Editora Belas-Letras pelo trabalho incrível com o projeto gráfico do livro. A diagramação, arte de capa e fotos são incríveis. A leitura valeria a pena só pela parte visual, de tão perfeita que é. 

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sábado

Resenha: Pra Ser Sincero

Título: Pra Ser Sincero - 123 variações sobre um mesmo tema
Autor: Humberto Gessinger
Páginas: 304
Editora: Belas-Letras

Em 11 de janeiro de 1985, mesmo dia da abertura da primeira edição do Rock in Rio, Humberto Gessinger subia ao palco do auditório da Faculdade de Arquitetura da UFRGS de cabelo new wave e bombacha, para o primeiro show de uma banda que tinha nascido para durar uma noite só. Era para ter se chamado Frumelo & Os Sete Belos, mas ninguém gostou, então os integrantes da banda resolveram fazer uma brincadeira com os estudantes de Engenharia e os surfistas que frequentavam o bar da universidade, que estava a pelo menos 100 quilômetros do mar. Engenheiros do Hawaii. Vinte e cinco anos depois dessa estreia, Humberto Gessinger – que acompanhou todas as formações desde o primeiro show – lança neste livro seu olhar sobre a trajetória do grupo, sobre cada uma das composições e revela curiosidades e bastidores das gravações. Com fotografias inéditas, informações sobre cada um dos discos, letras comentadas e um diário de 1984 a 2009, Pra Ser Sincero é um livro sobre uma banda que era para ter durado uma noite só, mas que acabou escrevendo um capítulo da história do rock brasileiro, mesmo estando longe demais das capitais.

Engenheiros do Hawaii é uma das minhas bandas nacionais favoritas. Por mais que eu seja suspeita para falar de qualquer coisa relacionada ao Humberto Gessinger e aos EngHaw, decidi que ia expressar minha opinião sobre o livro mesmo assim.

Sou fã da banda e de todos os trabalhos do Humberto há um tempo. Durante esse percurso conheci muitos "de fé" e tive a sorte de uma dessas pessoas especiais dar o PSS123 de presente para mim. Até hoje acho que foi um dos melhores presentes que ganhei...

O livro é escrito pelo próprio Humberto Gessinger. Além de nos mostrar um pouco da sua infância, adolescência e do nascimento de sua paixão pela música, ele nos conta como surgiram os Engenheiros do Hawaii (Frumelo & Os Sete Belos, se dependesse só do HG).

Esse primeiro show parece ter ido bem. Pintaram convites para outras faculdades e alguns bares. A banda que montamos pra durar uma única noite estava virando uma banda pra durar algumas semanas. Já como um trio, tocávamos onde dava pra tocar. Onde não dava, também tocávamos.

Após esse breve apanhado sobre como tudo começou, Humberto narra a história da sua carreira. Desde a primeira formação dos Engenheiros do Hawaii à criação do Pouca Vogal, temos uma análise minuciosa de tudo o que acontece, ano a ano: discos lançados, shows, novas composições, conquistas, derrotas e mudanças.

O subtítulo "123 variações sobre um mesmo tema" provém das 123 músicas que o autor escolhe para fechar o livro com chave de ouro. Algumas das letras vêm com comentários sobre a sua criação ou simplesmente um fato que o HG achou interessante citar.

Adoro desmontar e remontar minhas músicas. Juntar duas em uma, quebrar uma em duas. Deve ser herança da Arquitetura ou das bandas progressivas. Módulos. Tijolos em prédios. Prédios numa cidade.

"Pra Ser Sincero" é, sem dúvidas, o meu livro favorito dentre todos os que o Humberto escreveu até hoje. Também é, na minha opinião, a edição mais caprichada: cheia de fotos lindas. Sem contar a diagramação e acabamento mais que perfeitos.

Leitura essencial para quem quer conhecer um pouco mais sobre a vida, o universo e tudo mais do Humberto Gessinger.

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quarta-feira

Um bate papo astral com o Rafael Bisogno




Em parceria com a equipe Gessingeriando, e com exclusividade ao Blog Parabólicas Hawaiianas, tivemos a honra e a chance mais uma vez de entrevistar o baterista e percussionista, Rafael Bisogno, que segue na turnê Insular, transbordando o seu talento e contribuindo no novo disco solo de Humberto Gessinger.

Num bate-papo astral, o Rafael nos contou como tem sido a experiência de tocar ao lado do Humberto Gessinger e do guitarrista Rodrigo Tavares; nos disse também sobre a reação dos fãs com esta nova fase musical, e além de ter tido a chance de dividir o palco com o Carlos Maltz.


Simbora conferir a entrevista? Bora!


Passou-se quase um ano da estreia da turnê “Insular”, o mais recente disco solo de Humberto Gessinger. E gostaríamos de saber como foram as suas primeiras sensações no período de euforia e realizações.

É difícil descrever em palavras como foram essas sensações. A alegria de gravar o disco, a estreia da turnê, os ensaios e as participações dos convidados nos shows, as viagens com a equipe. Enfim, a cada etapa é uma emoção diferente, uma engrenagem que nunca pára. Fazer parte desse trabalho, juntamente com o Tavares, é uma realização pessoal e profissional. Me orgulha muito poder colocar o meu sotaque musical na obra do Humberto. 


Você teve a chance de conhecer cada canto do país na turnê Insular, ao lado do Humberto Gessinger e do Rodrigo Tavares. Na sua visão, como vocês lidaram com as diversas reações do público referente a esta diferente e nova fase musical? 

Sempre há uma preocupação natural antes de lançar um trabalho novo, mas do meu ponto de vista a reação do público não poderia ter sido melhor. Os fãs acompanharam todo o processo de gravação do disco, através do blog do Humberto e em entrevistas, isso fez com que eles já estivessem ambientados ao universo Insular. Nos shows, tocamos de 7 a 8 músicas do Insular. É um bom número comparado aos tantos hits que o Humberto possui em toda sua carreira. 


Em 2013, o show em Brasília da turnê Insular destacou-se a participação especial do Carlos Maltz. Poderia descrever como você se sentiu ao dividir o mesmo palco com um dos principais bateristas que fez história ao lado do Humberto Gessinger? E o Maltz? Chegou a te dizer algo sobre esta sua nova fase? 

Foi muito bacana conhecê-lo pessoalmente. Combinamos de tocar “Depois de nós” no set acústico do show. Depois da passagem de som, conversamos um pouco sobre o Bombo Leguero (instrumento de percussão) e sobre o folclore gaúcho/argentino. No bis do show ele voltou pra tocar Infinita Highway na bateria, nessa hora pude apreciar um pouco de sua linguagem musical, que é muito característica dos anos 80 e 90. 


Sabemos que você fez parte do projeto “Pirisca Grecco y la Comparsa Elétrica”. Além desse, há novos projetos paralelos pintando em 2014 ou você tem outros planos? 

Com a agenda de shows do Humberto é bem difícil ter e manter projetos paralelos. Mas além do Pirisca e a Comparsa, estou criando junto com o Marcio “Kabecinha” Tólio um departamento de bateria no Grupo de Percussão Atoque (Santa Maria/RS), onde irei realizar oficinas de percussão, permitindo que crianças carentes tenham acesso à cultura, arte e entretenimento através de aulas gratuitas. 


Ao decorrer da turnê Insular que se iniciou em 2013 e dividindo o seu talento com o Humberto e com o Tavares, foi evidente o seu amadurecimento em suas performances no palco. Como foi esse processo de renovação, aprendizagem e reconhecimento dos fãs com a sua trajetória? 

Sou bastante autocrítico no meu trabalho e procuro sempre aprimorar não só técnica, mas o desempenho visual também. Os ensaios e as conversas com o Humberto e o Tavares foram e são essenciais para esse aprimoramento constante. Isso faz com que cada show seja único.


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Edição e colaboração: Paula Marcuzzo.
Apoio: Equipe Gessingeriando.


Clique AQUI para reler a 1ª entrevista que fizemos com o Rafael Bisogno.


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segunda-feira

As palavras escritas de Humberto Gessinger

Nesses longos anos de trajetória musical do Humberto Gessinger, entre as mais diversas fases, o próprio se tornou um escritor. Querendo sim ou não.
E cá estamos nós do Blog Parabólicas Hawaiianas para relembrar estas palavras escritas do homem de uma banda só!

Simbora conferir?


Meu Pequeno Gremista
Ano: 2008

Por que é tão bom torcer pelo Grêmio? Humberto Gessinger, vocalista da banda Engenheiros do Hawaii e sonoro gremista, responde por que o leitor deve torcer para o tricolor porto-alegrense, um time que nunca perde a esperança mesmo quando as coisas parecem impossíveis, que joga com o coração cheio de raça, coragem e alegria. Aqui estão as lembranças de infância de Humberto, como o dia em que ele ganhou a primeira camiseta do clube, a primeira ida ao Olímpico e os jogos que deixaram todos os gremistas com o coração na mão (não foram poucos, como se sabe). Essas memórias servem de cenário para uma história que fala sobre a importância da competição saudável, sem violência, do aprendizado que a vitória e a derrota podem trazer, do valor do espírito de equipe e dos momentos mágicos do futebol, que proporcionaram emoções inesquecíveis para muitas famílias gremistas. Então dá-lhe, Grêmio!



Pra Ser Sincero – 123 Variações Sobre Um Mesmo Tema
Ano: 2009

Em 11 de janeiro de 1985, mesmo dia da abertura da primeira edição do Rock in Rio, Humberto Gessinger subia ao palco do auditório da Faculdade de Arquitetura da UFRGS de cabelo new wave e bombacha, para o primeiro show de uma banda que tinha nascido para durar uma noite só. Era para ter se chamado Frumelo & Os Sete Belos, mas ninguém gostou, então os integrantes da banda resolveram fazer uma brincadeira com os estudantes de Engenharia e os surfistas que frequentavam o bar da universidade, que estava a pelo menos 100 quilômetros do mar. Engenheiros do Hawaii.
Vinte e cinco anos depois dessa estreia, Humberto Gessinger – que acompanhou todas as formações desde o primeiro show – lança neste livro seu olhar sobre a trajetória do grupo, sobre cada uma das composições e revela curiosidades e bastidores das gravações. Com fotografias inéditas, informações sobre cada um dos discos, letras comentadas e um diário de 1984 a 2009, Pra Ser Sincero é um livro sobre uma banda que era para ter durado uma noite só, mas que acabou escrevendo um capítulo da história do rock brasileiro, mesmo estando longe demais das capitais.


Mapas do Acaso – 45 Variações Sobre Um Mesmo Tema
 Ano: 2011

“Sem forçar a imaginação, vejo passar um alemãozinho. No Walkman, as pilhas gastas fazem a fita girar mais lenta e a música soar meio tom abaixo. Ele ouve o mesmo Jean Luc-Ponty, tocando Cosmic Message, que rola no meu iPod. (...) Sem forçar a imaginação, passo por mim mesmo. Estranho? Sim, o passado é tão estranho quanto o futuro era. Estranhos? Sim, mas, nos olhos, o mesmo olhar.” 

Neste livro, Humberto Gessinger passa o passado a limpo, resgata momentos especiais da sua intimidade desde menino e conta novas velhas histórias dos Engenheiros do Hawaii, nunca antes publicadas. De Passo Fundo a Moscou, passando por “Esparta Alegre”, lembranças de um futuro que ele imaginava dão forma a essas linhas conduzidas pelos mapas do acaso. Para saber qualé a dele e da sua poesia, que é pura grandeza a partir de coisas simples, é só embarcar... e seguir viagem...



Nas Entrelinhas do Horizonte
Ano: 2012

O mundo é ímpar, não dá para dividi-lo em duas metades iguais. Muito menos ver a linha imaginária que separa a infância da vida adulta. Contemplando o horizonte embalado pela trilha sonora que o tornou um dos ícones do rock brasileiro, Humberto Gessinger evoca neste livro a memória afetiva para construir crônicas pulsantes e arrebatadoras, em que cada página é uma janela onde passado, presente e futuro se misturam para compor juntos a cena. Uma paisagem que só pelas entrelinhas revela a força da sua música e da sua poesia.



Seis Segundos de Atenção
Ano: 2013

A única coisa que podemos fazer com o tempo é escolher o que fazer com ele. Na busca pela faísca da criação da sua arte, que ele persegue pelas noites como uma estrela guia, Humberto Gessinger nos mostra em seu novo livro de crônicas que fazer um segundo valer a pena leva tempo. Um tempo que, às vezes, não queremos ter. Um tempo que não podemos parar nem fazer andar mais rápido. Não é tão fácil quanto parece encontrar um instante mágico, o centro da nossa originalidade, do nosso talento, e manter a conexão com ele. Leva mais do que 600 anos de estudo. Leva 6 segundos de atenção.


*Todos os livros foram lançados pela Editora Belas Letras.


E aí, qual é o seu livro preferido? COMENTE!



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domingo

Resultado da promoção de aniversário - 4 anos do BPH



Em comemoração aos nossos 4 anos que completamos na data 19 de outubro de 2013, organizamos uma promoção com a livraria Sempre Ler, sorteando um exemplar "Seis Segundos de Atenção", de Humberto Gessinger.

E cá estamos nós para divulgarmos quem foi o vencedor, ou melhor, a vencedora: Gabriela de Oliveira.

- Por que você merece ganhar o livro 6SdA no aniversário de 4 anos do Blog Parabólicas Hawaii?

R: Sou universitária e já tenho muito mais de 600 anos de tradição filosófica pra estudar, agora preciso de 6 segundos de atenção pra entender!

Parabéns, Gabriela!

A equipe do BPH entrará em contato contigo! Fica no aguardo!

Aos demais, agradecemos por participarem da nossa promoção. E um agradecimento especial à livraria Sempre Ler por mais uma parceria realizada!


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